quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Jazz


não saberia precisar o preciso momento
em que meu impreciso sonho sonhou o seu
nem se foi de amor o sentimento
que senti como quem sente o tempo
soprar moinhos de um imaginário catavento
começando o que não tem começo
talvez nem lembre seu nome
te chamando com pronomes
pelos quais você responde
em nome do que nem tem nome
quem sabe o silêncio soe assobio
revelando o nome oculto
que te nomeia alguém sem nome
enquanto teu corpo dança
música de um sonho meu
sem perder a inocência
que de mim já se perdeu
sola este jazz de tesão paixão desejo
no sonho em que te vejo e me vejo
sem pedir nem mais nem menos
nem ao primeiro nem ao último beijo
jazz que me nina menino no colo
me adormece e me devolve
ao sonho meu que agora é seu
antes que eu acorde entre os acordes
e te ame só pela música que você me deu


Tavinho Paes

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