quarta-feira, 11 de abril de 2018

Peitoral beligerante.....

As mãos de minha camareira não eram um modelo, antes grossas, ásperas e avermelhadas; mas estava articuladas a uns braços tostados que terminavam em ombros menos tostados, imagino que pertenciam a um corpo não tostado, representado em sua parte frontal por uma topografia peitoral beligerante ao extremo, a julgar pela tração dos botões nas aberturas de um corpete com ambições de camisa-de-força.

Eduardo Wilde in Romance curto e lastimável, Contos da América Latina,  pág.191, tradução de Léo Schlafman

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