Mas, em geral, acho que diria que é melhor que os desvios da "norma" (ou seja, de um personagem, de um ponto de vista) sejam motivados pela necessidade – a necessidade do livro. Ou seja, você começa a escrever e de repente sente o livro dizendo: "Preciso muito de outra voz aqui! Por favor, não posso fazer isso sozinho. A(s) pergunta(s) que estou fazendo não podem ser respondidas/expandidas de maneira interessante apenas por esse personagem!" Esse sentimento, eu honraria. Considerando que, se você insistir em que haja muitos personagens quando, talvez, a história essencial realmente não precise disso - o leitor sentirá isso e você também, enquanto continua tentando justificar a presença de todos aqueles personagens malditos em um livro que nunca pediu tantos.
George Saunders
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