Amo a cidade
que acontece
em rasos silêncios
de noites mal dormidas
a madrugada acordada
no impulso, a janela
entreaberta ao espaço
o notívago retorna
sua faina entre guardas
o cão late a desconfiança
do amanhecer
amo a mulher que se descobre
em movimentos de sonhos.
Pedro Du Bois in "Quinta Poética" - Casas das Rosas - 26 de novembro de 2009