domingo, 22 de maio de 2022
domingo, 13 de junho de 2021
Nascimento do poema....
Uma vez bêbado, meu deleite não conhece limites -
Melhor ainda do que antes de estar bêbado.
Meus movimentos, minhas expressões, tudo se transforma em dança,
E cada palavra que sai da minha boca se transforma em um poema!
Zhang Yue (667 a 730):
terça-feira, 8 de junho de 2021
Desexplicar.....
Escrever nem uma coisa
Nem outra -
A fim de dizer todas -
Ou, pelo menos, nenhumas.
Assim,
Ao poeta faz bem
Desexplicar -
Tanto quanto escurecer acende os vaga-lumes.
domingo, 6 de junho de 2021
Meu corpo....
segunda-feira, 31 de maio de 2021
Mundo virtual
com o ponto.com
afinal
há certa coerência
em guardar poemas
na nuvem
sábado, 22 de maio de 2021
Quiabo
Quiabo
Há quem me julgue mal
apenas porque babo.
Há quem de mim se atraia
(ao contrário)
porque toma como patente
a parecença que guardo.
Por sim ou por não
atesto que desse jeito estremeço
jovens e pudicíssimas donzelas.
Meu fino cone
(caviloso)
longas unhas de moça imita
e rapazes me apreciam
também por isso.
Pequenos túneis
carregados de semente
podem fazer crer
tenho muito a oferecer –
quem sabe até respingos daquilo
que permitiu a ti
ser gerado.
Maria Lúcia Dal Farra in Livro de possuídos, 2002
sexta-feira, 14 de maio de 2021
Televisão
Abraça-me, mãe do barulho.
Encontre um esconderijo para mim.
Tenho medo da minha voz.
Eu não gosto do meu rosto.
Anne Stevenson in The Paris Review, edição nº 29 (inverno-primavera de 1963)
Hug me, mother of noise.
Find me a hiding place.
I am afraid of my voice.
I do not like my face.
terça-feira, 15 de dezembro de 2020
Uma maneira estranha de pensar sobre poesia...
sexta-feira, 18 de setembro de 2020
quinta-feira, 28 de maio de 2020
Defesa e ilustração
Defesa e ilustração
Para que um texto quase
doentiamente ilustre
a sua própria indústria,
compete, frase a frase,
ao estro que extravase
de fleuma quando, ao ultra-
passar tudo que o nutra,
demonstra até a náusea
o quanto de rascunho
se arrisca, além da acídia,
no ofício que, importuno,
prevê menos saída
que a síndrome da imuno-
deficiência adquirida.
Nelson Ascher in O sonho da razão, p. 49.
quinta-feira, 21 de maio de 2020
Pássaro e mulher
Quem me prende
mais do que a terra?
Impossível o vôo
agora.
Quente fremente
a intenção de alguém.
Desfez-se a palidez
perdi meu vôo
nas grades de seu peito.
Aprísiona-me - grilhão -
o seio suave e
no calor do instante
a união.
quinta-feira, 26 de março de 2020
Um visitante
sexta-feira, 28 de fevereiro de 2020
um dia, nos setenta:
domingo, 23 de fevereiro de 2020
O outro homem da mulher que amo
quarta-feira, 19 de fevereiro de 2020
Poema para 2002
segunda-feira, 17 de fevereiro de 2020
O menos vendido
domingo, 9 de fevereiro de 2020
Primavera
quinta-feira, 5 de dezembro de 2019
A morte....
terça-feira, 3 de dezembro de 2019
Haicai de Leminski
formigas mascam
restos da cigarra