Mostrando postagens com marcador Valdo Barcelos. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Valdo Barcelos. Mostrar todas as postagens
quinta-feira, 29 de dezembro de 2011
Chega!
De linha reta,
de direção conhecida.
Viva o caminho,
feito e refeito,
salve o a torto,
e a direito.
Chega de lamentos,
de consensos,
de hipocrisias,
de falsas generosidades,
de nem tanto ao mar,
nem tanto à terra.
Tudo ao mar e tudo à terra.
Viver é perigoso.
Afogue-se.
Valdo Barcelos in "Ponte Pêncil", AGE Editora, Porto Alegre, 2007
Marcadores:
literatura,
Poesia,
Valdo Barcelos
segunda-feira, 26 de abril de 2010
Tocaia feliz
Livro
é como emboscada.
A única maneira de escapar,
é não entrar nele.
Livro
é como tocaia.
Está sempre à espreita,
vive à espera de suas vítimas:
leitores.
Livro
quem cai na tua tocaia
sai mais vivo
do que entrou.
Valdo Barcelos in "Ponte Pêncil", AGE Editora, Porto Alegre, 2007
Marcadores:
literatura,
poema,
Valdo Barcelos
quarta-feira, 10 de março de 2010
Chega
De linha reta,
de direção conhecida.
Viva o caminho,
feito e refeito,
salve o a torto,
e a direito.
Chega de lamentos,
de consensos,
de hipocrisias,
de falsas generosidades,
de nem tanto ao mar,
nem tanto à terra.
Tudo ao mar e tudo à terra.
Viver é perigoso.
Afogue-se.
Valdo Barcelos in "Ponte Pêncil", AGE Editora, Porto Alegre, 2007
Marcadores:
literatura,
Poesia,
Valdo Barcelos
domingo, 21 de fevereiro de 2010
Percalços
Os pés andam,
lado a lado,
juntos e calados.
Os pés andam,
lado a lado,
ins calçados,
outros descalços.
Os pés quando andam,
lado a lado,
forma uma dupla.
Um casal,
de pés descalços,
ou calçados.
Um pé calçado,
outro descalço.
{Não andam juntos ...
percalços!
Valdo Barcelos in "Ponte Pêncil", AGE Editora, Porto Alegre, 2007
Marcadores:
literatura,
Poesia,
Valdo Barcelos
quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010
Coisas de poeta ... ou da poesia
O poeta,
como todo mundo,
ouve
muita coisa
que nunca houve.
O poeta ouve,
pensa,
escreve,
até sobre o que não houve,
sobre o que não ouviu.
Valdo Barcelos in "Ponte Pêncil", AGE Editora, Porto Alegre, 2007
Marcadores:
literatura,
Poesia,
Valdo Barcelos
domingo, 7 de fevereiro de 2010
Buscando o prazer?
Se o que buscas é o prazer,
afasta-te do teu chefe,
não compactues com o Estado.
Se é o prazer que desejas,
não sigas conselhos de mãe,
ordens de papai,
vontade de marido,
nem passes perto de igrejas.
Se é a felicidade que buscas,
joga fora às religiões,
despreza as convenções,
manda a coerência esperar,
e a história à merda!
Valdo Barcelos in "Ponte Pêncil", AGE Editora, Porto Alegre, 2007
Marcadores:
literatura,
Poesia,
Valdo Barcelos
quinta-feira, 28 de janeiro de 2010
Leitor
O poeta é um suspeito,
o leitor é um detetive.
O poeta espalha armadilhas,
o leitor segue pistas.
O poeta faz denúncia,
o leitor suspeita, investiga.
O escritor despista,
o leitor aguça a vista.
Valdo Barcelos in "Ponte Pêncil", AGE Editora, Porto Alegre, 2007
Marcadores:
literatura,
Poesia,
Valdo Barcelos
quinta-feira, 21 de janeiro de 2010
Ponte Pênsil
Saudade
– ponte pênsil –
presente,
passado.
Viagem
– ponte pênsil –
fora,
dentro.
Penumbra
– ponte pênsil –
claro,
escuro.
Imaginação
– ponte pênsil –
realidade,
fantasia.
Paixão
– ponte pênsil –
razão,
emoção.
Adolescente
– ponte pênsil –
criança,
adulto.
Poesia
– ponte pênsil –
dizível,
indizível.
Fala
– ponte pênsil –
silêncio.
Vida
– ponte pênsil –
morte!
Valdo Barcelos in "Ponte Pêncil", AGE Editora, Porto Alegre, 2007
Marcadores:
literatura,
Poesia,
Valdo Barcelos
Assinar:
Postagens (Atom)