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quarta-feira, 18 de setembro de 2013
sábado, 14 de setembro de 2013
O Beijo - Di Cavalcanti
Nesta obra, concluída antes da viagem a Paris empreendida pelo artista em 1923, há ecos do Art Nouveau e do Simbolismo na estilização sinuosa das figuras alongadas e no tratamento do cenário decorativo e misterioso. A sensualidade das pinturas de Di Cavalcanti está presente na integração - quase verdadeira fusão - do par enlaçado em uma única forma ovalada que ocupa os primeiros planos. Os verdes, vermelhos e amarelos se contrapõem aos marrons e negros, o que prenuncia o esquema de cores típico de Di Cavalcanti.
MAC - USP
Remete ao "O Beijo" de Klimt, onde os personagens estão na mesma posição. Seria uma posição comum de amantes e que os pintores gostavam de retratar ou Di Cavalcanti teria tomado conhecimento do quadro dele, pintado em 1908? Neste caso, por fotografias, livros, etc.?
Aposto na primeira hipótese, ou seja, os pintores sensuais (tanto Di Cavalcanti como Gustava Klimt, entre outros) registravam o beijo com a mesma composição, refletindo suas próprias experiências. (Klimt retratou-se a si e à sua amante no "O Beijo").
José FRID
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quinta-feira, 22 de novembro de 2012
Retrato de mulher de frente
De tanto esperar pelo meu olhar,
enrubesceu. Aguardou-o
anos a fio
mas emana dela ainda
a mesma timidez
igual esperança. Há
(quem sabe)
uma indagação impossível
na boca rubra e natural.
A aura do objeto
mistura-se a seu cabelo
como se a existência
tivesse transcendido o momento
em que por certo nos encontraríamos.
Malgrado estar eu aqui –
tudo nela ainda espera por mim.
Maria Lúcia Dal Farra in "Klimt", Livro de possuídos, Iluminuras, 2002, via Claudio Willer |
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terça-feira, 12 de junho de 2012
Terça-feira dos enamorados: Três visões do amor e do beijo!!!
AMAR
Que pode uma criatura senão,
entre criaturas, amar?
amar e esquecer,
amar e malamar,
amar, desamar, amar?
sempre, e até de olhos vidrados, amar?
Que pode, pergunto, o ser amoroso,
sozinho, em rotação universal, senão
rodar também, e amar?
amar o que o mar traz à praia,
o que ele sepulta, e o que, na brisa marinha,
é sal, ou precisão de amor, ou simples ânsia?
Amar solenemente as palmas do deserto,
o que é entrega ou adoração expectante,
e amar o inóspito, o cru,
um vaso sem flor, um chão de ferro,
e o peito inerte, e a rua vista em sonho, e uma ave de rapina.
Este o nosso destino: amor sem conta,
distribuído pelas coisas pérfidas ou nulas,
doação ilimitada a uma completa ingratidão,
e na concha vazia do amor a procura medrosa,
paciente, de mais e mais amor.
Amar a nossa falta mesma de amor, e na secura nossa
amar a água implícita, e o beijo tácito, e a sede infinita.
Carlos Drummond de Andrade
Para que?!..
Tudo é vaidade neste mundo vão...
Tudo é tristeza; tudo é pó, é nada!
E mal desponta em nós a madrugada,
Vem logo a noite encher o coração!
Até o amor nos mente, essa canção
Que o nosso peito ri à gargalhada,
Flor que é nascida e logo desfolhada,
Pétalas que se pisam pelo chão!...
Beijos d'amor! Pra quê?!... Tristes vaidades!
Sonhos que logo são realidades,
Que nos deixam a alma como morta!
Só acredita neles quem é louca!
Beijos d'amor que vão de boca em boca,
Como pobres que vão de porta em porta!...
Que pode uma criatura senão,
entre criaturas, amar?
amar e esquecer,
amar e malamar,
amar, desamar, amar?
sempre, e até de olhos vidrados, amar?
Que pode, pergunto, o ser amoroso,
sozinho, em rotação universal, senão
rodar também, e amar?
amar o que o mar traz à praia,
o que ele sepulta, e o que, na brisa marinha,
é sal, ou precisão de amor, ou simples ânsia?
Amar solenemente as palmas do deserto,
o que é entrega ou adoração expectante,
e amar o inóspito, o cru,
um vaso sem flor, um chão de ferro,
e o peito inerte, e a rua vista em sonho, e uma ave de rapina.
Este o nosso destino: amor sem conta,
distribuído pelas coisas pérfidas ou nulas,
doação ilimitada a uma completa ingratidão,
e na concha vazia do amor a procura medrosa,
paciente, de mais e mais amor.
Amar a nossa falta mesma de amor, e na secura nossa
amar a água implícita, e o beijo tácito, e a sede infinita.
Carlos Drummond de Andrade
Para que?!..
Tudo é vaidade neste mundo vão...
Tudo é tristeza; tudo é pó, é nada!
E mal desponta em nós a madrugada,
Vem logo a noite encher o coração!
Até o amor nos mente, essa canção
Que o nosso peito ri à gargalhada,
Flor que é nascida e logo desfolhada,
Pétalas que se pisam pelo chão!...
Beijos d'amor! Pra quê?!... Tristes vaidades!
Sonhos que logo são realidades,
Que nos deixam a alma como morta!
Só acredita neles quem é louca!
Beijos d'amor que vão de boca em boca,
Como pobres que vão de porta em porta!...
Florbela Espanca
Quando meu barco voltar
Quando meu barco voltar,
Não mais verás o meu sorriso.
Dirão que meu corpo vive no esquife do mar!
Mas nunca saberão,
Que minha alma vive, eternamente...
A procura do último beijo que não lhe dei...
Por marinheiro Noberto, via "Almirante Ramiro"
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terça-feira, 11 de março de 2008
O Beijo - Gustav Klimt
Essa é a obra mais conhecida do artista.
Visite o site do Museu Gustav Klimt e veja outras obras do artista.
Clique aqui Veja "O Beijo" de Di Cavalcanti aqui!
O beijo (original em alemão: Der Kuss) é um quadro do pintor austríaco Gustav Klimt . Executada em óleo sobre tela, medindo 180x180 centímetros, entre 1907 e 1908, é uma das obras mais conhecidas do Klimt, graças a um elevado número de reproduções.
A obra pertence ao período designado de "fase dourada" da criação do autor e é representada por “sinais característicos biológicos e psicológicos do sexo" - as formas estão definidas por ornamentos retangulares (masculina) e arredondados (feminina). A ornamentação (auréola) que envolve o casal é definida pelo contorno masculino com as suas costas, qualificado como "tipo torre" ou "campanulado", simbolizando a masculinidade no pescoço forte do homem que impõe o movimento. É ele que, no abraço, segura a cabeça da mulher e vira-a a fim beijá-la. A mulher, ao contrário, é representada de forma passiva - ajoelhada em frente ao homem - num gesto claro de subordinação.
A composição do quadro é antagônica e sugere mais de uma possibilidade de interpretação: por um lado evoca a felicidade da união erótica, por outro, questiona a identidade das duas pessoas e dos dois sexos.
O quadro está exposto na Galeria Belvedere da Áustria (Österreichische Galerie Belvedere) de Viena, Áustria.
(WIKIPEDIA)O Beijo - por Sérgio Roxo da Fonseca:
O pintor vienense nasceu em 1862 e faleceu em 1918. O Beijo, portanto, foi pintado em 1908. A importância devotada à obra de Klimt tem várias razões de ser, especialmente porque foi um extraordinário retratista, na época do nascimento da máquina fotográfica. O artista nasceu no apogeu austríaco e faleceu no início da derrocada do império com o final da Primeira Guerra Mundial.
É possível examinar a obra do artista por três ângulos. Quanto a sua técnica, quanto a sua inovação e quanto a suas profecias. Os pintores também são profetas.
O pintor foi buscar na técnica dos ícones religiosos do oriente a forma de espalhar ouro sobre seus quadros. A fase dourada é a mais conhecida de sua obra. O Beijo é dessa época.
Gustav Klimt foi um dos introdutores da denominada “art nouveau”, trazendo para a sua criação ramos e flores que se entretecem o objeto de seu trabalho. A Confeitaria Colombo da Rua Gonçalves Dias, no Rio de Janeiro, e, os balaustres do metrô de Paris são exemplos clássicos de “art nouveau”.
Muito embora tenha granjeado fama como retratista, as imagens de Klimt foram desmanchando-se em suas telas, profetizando o abstracionismo do russo Kandinsky e do nosso Manabu Mabe.
No famoso O Beijo a mulher e o homem estão cobertos de dourado. Ela está ajoelhada, mostrando a paixão no seu rosto apaixonado. A emoção está registrada em suas mãos crispadas. Os seus pés estão descalços, O homem está quase de costas, com o rosto encoberto. Vê-se sua cabeça. Os dois estão enlaçados numa integração tão perfeita que não se sabe onde inicia a emoção masculina e se encerra a participação feminina. Os dois são um.
Judite e Holofernes" - Gustav Klimt
No quadro, a personagem sugere uma mulher fatal, com uma expressão um tanto perversa. Judite exibe com satisfação a cabeça de Holofernes - no canto inferior direito - e encara o observador de maneira provocante, emanando enorme poder sensual e esplendor erótico.
Holofernes, que era um general do exército assírio no tempo de Nabucodonosor, cercou a cidade de Bethulia, cortando-lhe o fornecimento de água. Judite, uma jovem viúva decidida a salvar a cidade, seduziu Holofernes e decapitou-o enquanto este estava embriagado.
Esta obra integra o acervo da Galeria Österreichische, em Viena.
Visite o site do Museu Gustav Klimt e veja outras obras do artista. Clique aqui
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