"No almoço, a conversa girou em torno de táxi: quem se senta no banco da frente, quem prefere o de trás. Alguém comentou que prefere ir na frente porque o taxista fica cheio de intimidades e resolve contar toda sua vida sexual - invariavelmente recheada de conquistas. E assim ele vai acumulando boas histórias.
Ele deu um exemplo:
- Rodoviária, por favor.
- O senhor vai viajar para onde?
- Espírito Santo.
- Ih, já comi uma mulherzinha capixaba que o senhor precisava ver.
Ou então:
- Glória, por favor.
- Doutor, uma vez peguei de noite uma passageira na Glória que tinha uns pernão que só vendo. Fiquei olhando pelo espelho retrovisor, ela deu condição, e quando chegou ali no Morro do Pasmado a mulher pediu para subir a ladeira e eu fiz a festa.
Outro colega também prefere ir na frente.
- Acho muito feudal ir atrás, parece coisa de sinhozinho.
Da minha parte prefiro ir atrás quando estou com uma camisa social mais arrumadinha - algo raro - e quero evitar que ela fique amassada e suja com o cinto de segurança do táxi.
As histórias sobre táxi ocuparam boa parte do almoço. Um colega contou que não gosta de muito papo com o motorista e sempre que entra no banco da frente fica olhando para fora. Noite dessas, ele reparou que, em cada curva, o carro se bandeava perigosamente para os lados. Até que resolveu olhar e percebeu que o motorista não tinha a mão direita.
Era um parataxista!"
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