Leia abaixo como é difícil a vida do corredor de rua!!
"Doutor em física e matemática, ROLDÃO DA ROCHA ARRUDA JR., hoje com 31 anos, corre desde 1999. Já chegou a fazer os 10 km em 38min e 15 km em 59min, mas dores crônicas acabaram por derrubá-lo: teve de fazer uma cirurgia e só voltou às corridas em 2004. Mas veio com tudo: de 2005 para cá, esse pesquisador da Universidade Federal do ABC (Santo André) fez 103 corridas oficiais. Uma delas foi a Corrida Aniversário de Sete Lagoas, uma prova de 10 km realizada em novembro último em Minas, tema do breve e divertido relato que você vai ler a seguir.
Vamos ao texto de ROLDÃO.
"Corri com o numeral 290 em Sete Lagoas, cidade que dista 70 km de Belo Horizonte, terra de Franck Caldeira. Lá estavam ele e o Marílson, mas não correram, foram apenas prestigiar o evento.
Terminei os 10 km em 51min48', o que está para lá de bom para um sujeito que hoje pesa 105 quilos.
A certa altura, no oitavo quilômetro, na ida de uma avenida, uns pinguços estavam em um bar e começaram a caçoar de mim:
- Você não me engana, gordo!
- Cortou caminho, gordo!
- Rolha de poço!
Na volta pela mesma avenida, eu estava em um ritmo de 5min/km de média, um calor de 34 graus, e os bêbados continuavam a caçoar de mim.
Admito que sou um cara tranqüilo e de espírito esportivo, relevaria qualquer xingamento que tivesse recebido, porém nunca cortei caminho e nem vou cortar.
Passei em frente à mesa deles, o sangue ferveu, não agüentei e derrubei algumas garrafas de cerveja. Parei e ainda disse para a turma de uma nove pessoas: "Seus f.. da p..., vagabundos!!! Covardes, agora quero ver vocês correrem atrás de mim e alcançarem o gordo!! Vamos ver quem é gordo!"
O tempo fechou, literalmente. Quebraram duas garrafas e todos foram atrás de mim correndo, com os cacos...
Fechei o nono quilômetro em 4min26, incluindo a parada de cinco segundos, desaceleração e aceleração. Corri como nunca. Como nunca!
Enquanto eles me perseguiam, ainda lembrei da célebre frase de Idi-Amin Dadá: "Ainda que um homem corra, uma bala corre mais..."
A adrenalina realmente funciona. Ninguém me alcançou, não correram nem 200 metros. Fiquei a 13 segundos do meu recorde pessoal pós-cirurgia: 51min35." (Do blog do Rodolfo Lucena - http://rodolfolucena.folha.blog.uol.com.br/)
COMENTÁRIO DO FRID: ESSA FOI PIOR QUE A MINHA "TIOZINHO, PEDE PARA SAIR"!
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