Insônia
Na madrugada de sábado para domingo eu acordei às 4 horas e perdi o sono, o que é inabitual. Depois de rolar para os lados sem conseguir conciliar o sono, me acalmei e deixei meu pensamento vaguear.
Do nada, veio-me à memória um fato ocorrido nos anos 80, do qual já não tinha a menor lembrança.
Eu morava no Rio, meus filhos eram bebês e eu estava desempregada. Materialmente não me faltava nada, mas eu estava insatisfeita. Religiosa desde criança, sempre fui de falar com Deus, como quem conversa com a mãe, o irmão, o amigo. Mas um dia, enjoei, tive a impressão de que estava jogando palavras ao vento. Então, sentei-me na beira da minha cama, de frente para o guarda-roupa duplex, e falei em voz alta: "Deus, hoje é a última vez que estou orando. Nunca mais vou fazer isso, porque acho que estou falando com as paredes. E também, nunca mais vou ler a Bíblia. Porque eu não sinto que você esteja me vendo e me ouvindo. Então, eu vou abrir a Bíblia agora pela última vez, e se você não me disser que me ouve ou me vê, eu vou colocá-la para sempre na parte de cima do guarda-roupa."
E abri a Bíblia aleatoriamente. Pousei o dedo e li o versículo 9 do Salmo 94: "Acaso aquele que formou o olho, não veria? E o que criou o ouvido, não ouviria?"
Adormeci meditando na estranheza de tal recordação.
Teresa Abreu, de Paris, no blog http://rioparissemescalas.zip.net/
4 comentários:
Claro que está !!
Abraços, G.
Claro que está !!
Abraços, G.
É verdade!
R.
NOSSA! FIQUEI ARREPIADA!
D.
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