Se fosse novela, ninguém acreditava!!!
Notícia publicada na Folha de São Paulo de 29/01/09:
Colegas de trabalho viram amigos, abrem negócio e descobrem que são irmãos
GRACILIANO ROCHA DA AGÊNCIA FOLHA, EM PORTO ALEGRE
Amigos desde que se conheceram em uma cooperativa agrícola no interior do Rio Grande do Sul, onde trabalharam há cerca de três anos, André Ricardo Baal, 23, e Tiago Pinto, 28, resolveram montar, no ano passado, uma distribuidora de bebidas. Ao juntar os documentos para formalizar o negócio, veio a surpresa: descobriram que são irmãos.
André foi entregue para a adoção dois dias depois de nascer, em Panambi, uma cidade de 36 mil habitantes no noroeste do Estado. Ele conta que nunca teve a curiosidade de saber quem eram seus pais biológicos. Mas a mãe adotiva, Eva Baal, passou a desconfiar do sobrenome do sócio e amigo do filho em outubro do ano passado.
Ela, então, entregou ao filho uma cópia da primeira certidão de nascimento dele, ainda com o sobrenome Pinto e a identificação dos pais biológicos. André Baal empreendeu uma investigação para certificar-se do parentesco e, depois de três dias, confirmou ser filho dos mesmos pais do amigo.
"Depois disso, não tem como não acreditar em destino. Porque além de amigão, ele agora é meu irmão", conta André, empolgado. "Foi a coisa mais emocionante da minha vida", diz.
Tiago Pinto jamais soube, até outubro do ano passado, que tinha tido um irmão adotado por outra família. Só tomou conhecimento, quando André pediu para ter uma "conversa séria" na distribuidora de bebidas. Afirma ter pensado que a "conversa" fosse referente a algum problema com a sociedade.
"Foi muito show de bola, ninguém poderia imaginar que uma coisa dessas acontecesse. Agora somos muito mais unidos do que já éramos", comemora Tiago.
Desde então, André conheceu a mãe biológica e os churrascos de família, um hábito tradicional dos gaúchos, passaram a ser mais frequentes. Numa dessas conversas, a mãe biológica tentou explicar por que entregou o filho para a adoção, mas não conseguiu.
"Não deixamos, não era necessário, passado é passado", conta André, que se considera um sujeito "de sorte" depois que o acaso reuniu aquilo que a vida separou.
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