terça-feira, 10 de março de 2009

Frutos da escrita

"Achava belo, a essa época, ouvir um poeta dizer que escrevia pela mesma razão por que uma árvore dá frutos. Só bem mais tarde viera a descobrir ser um embuste aquela afetação: que o homem, por força, distinguia-se das árvores, e tinha que de saber a razão de seus frutos, cabendo-lhe escolher os que haveria de dar, além de investigar a quem se destinavam, nem sempre oferecendo-os maduros, e sim podres,  e até envenenados."

Osman Lins, "Guerra sem testemunhas" (citado por Caio Fernando Abreu, in "Morangos Mofados")

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