Por Ricardo Noblat
A arraigada leniência de Lula com a falta de ética
Vejam o que Lula disse ontem no Rio em resposta a perguntas de jornalistas:
- Qual novidade vocês descobriram nisso [nas denúncias de que os deputados abusaram do uso das passagens aéreas]? Isso é feito desde a criação do Congresso Nacional.
O que ele quis dizer?
Que não acha nada demais no uso irregular das passagens?
Que o assunto é velho e que por isso não deveria ter sido objeto de denúncias?
Espera-se de qualquer pessoa que se diz comprometida com a ética e os bons costumes que condene todos os atos capazes de ferir a ética e de avacalhar com os bons costumes.
E que condene de forma direta, clara, sem meias palavras, sem reticências.
Quando essa pessoa é o presidente da República, espera-se mais ainda dela.
Mas não. Com uma frequência espantosa, Lula contemporiza com o que é moralmente errado. Ou simplesmente errado.
Foi assim na época do escândalo do mensalão, que preferiu chamar de Caixa 2. Como se Caixa 2 não fosse também um crime.
Foi assim na época dos "aloprados" que forjaram um dossiê para atrapalhar a eleição de candidatos do PSDB em 2006.
Antes havia sido assim quando tudo fez para salvar Antonio Palocci, acusado de ter providenciado a quebra do sigilo bancário do caseiro Francenildo Costa - aquele que o viu em más companhias numa mansão de Brasília.
Lula só despachou Palocci quando percebeu que poderia se enrrascar se o perdoasse.
Avalizou a mentira de que não passava de banco de dados o que de fato era um dossiê sobre despesas sigilosas do governo anterior montado na Casa Civil para chantagear a oposição dentro da CPI do Cartão Corporativo.
No ano passado, cometeu a desfaçatez de defender Severino Cavalcanti (PP-PE), que renunciara à presidência da Câmara dos Deputados e ao mandato devido a um mensalinho pago por um concessionário de restaurante.
Lula passará à História por uma série de motivos, sim - e alguns muito bons. Mas passará também por ter sido um presidente leniente, relapso e cúmplice em episódios que degradaram a política e seus atores.
Nosso Comentário:
Lulla só é coerente com toda sua vida pública privada, com aqueles que o cercam, os companheiros das boquinhas, os parentes, os filhos "empresários", etc. e tal.
José FRID
Atualização em 2013:
Lulla continua o mesmo. Agora disse, na festa de 10 anos do PT no governo federal, que político honesto, ético, moral, só existe na imprensa!
A amante dele, Rosemary, está enrolada na justiça, esperando uma ajudinha do Lulla!
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