Eu nunca quis ter gatos ou cachorros. Tive quando criança, sem querer, ou querendo mas não querendo, se é que vocês me entendem, pato, galinha, papagaio. Querendo mesmo, já adulto, uma pequena tartaruga de terra, que talvez fosse um cágado, e um casal de canários belgas frisados.
O pato morreu, as galinhas (talvez fossem galos) devem ter sido comidas, do papagaio não sei seu fim.
A tartaruga caiu (ou foi jogada) do parapeito da janela da área de serviço do apartamento. Oitavo andar. Nem fui ver de perto. O faxineiro do prédio deu destino aos restos mortais.
A fêmea do canário um dia apareceu morta na gaiola. Velhice ou desgosto? Colocou vários ovos, mas não conseguiu criar nenhum filhote. Ou ela matava ou esquecia de alimentar. Em resumo, sem vocação para a maternidade.
O macho ainda durou muito, até cantava. A gaiola ficava na área de serviço, no apartamento da minha avó. Um dia entrou voando um bicho grande e preto, quem sabe um morcego, e chupou o passarinho. Não vi, contaram.
Agora estou com duas cachorrinhas, já objeto de textos neste blog, herança dos filhos. Vieram substituir um cachorrão – Toby – um salsichão cumprido, baixo, pesado e burro, do qual as crianças tinham medo. Antes do famigerado, elas tiveram dois hamster, duas fêmeas, estas sim a alegria da casa.
A gota d'água do Toby foi conseguir latir uma viagem inteira, da praia até São Paulo, quatro horas de tortura. Para nós, não para o cachorro. Dia seguinte já fomos oferecer a "coisa" para quem se interessasse por tão meigo e tranquilo animal. A primeira vítima levou o cão na sexta-feira, para fazer uma experiência, e devolveu no domingo, horrorizado com a fera. Na segunda tentativa, o cachorro foi embora com o novo dono sem sequer olhar para trás. Ingrato!
Clique no link abaixo e leia uma deliciosa crônica do Fabrício Carpinejar sobre gatos e sua vingança.
José FRID
http://fabriciocarpinejar.blogger.com.br/2009_07_01_archive.html#40674821
Nenhum comentário:
Postar um comentário