Documentos raros em biblioteca digitalizada
Ainda em fase inicial, a Brasiliana Digital já tem mais de 3 mil documentos disponíveis. É possível acessar o primeiro livro impresso em terras brasileiras, por Antonio Isidoro da Fonseca, em 1747: Relação da entrada que fez o excellentissimo, e reverendissimo senhor D. Fr. Antonio do Desterro Malheyro..., cuja tipografia foi confiscada pelas autoridades coloniais. Destacam-se, ainda, dois dicionários raros da língua portuguesa: o de Rafael Bluteau (1712) e o de Antonio Moraes e Silva (edição de 1813), considerado o primeiro dicionarista brasileiro. E também as obras de Machado de Assis integram a biblioteca digital: contos, poesias, teatro e romances, em suas primeiras edições. Sem esquecer as gravuras de Jean-Baptiste Debret, que pintou a sociedade brasileira no início do século 19.
Esta iniciativa surgiu a partir do gesto do conhecido bibliófilo José Mindlin, que doou sua coleção relativa ao Brasil para a USP, com a contrapartida da construção de um prédio para abrigá-la, tarefa assumida e em fase de execução pela universidade, com reforço substancial de patrocínios públicos e privados: a construção do imóvel já pode ser acompanhada ao vivo pela internet. O projeto engloba não só a digitalização desta maior biblioteca particular do Brasil, mas também da própria USP e de outras instituições, com previsão de se tornar uma dos mais amplas referências de impressos digitalizados da atualidade. Endereço eletrônico: http://www.brasiliana.usp.br/.
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