C'as mões
Não sei escrever sonetos.
Não consigo medir o tamanho
dos desastres que escrevo,
nem as conseqüências das burradas que faço.
No máximo, rabisco uns poemas caolhos,
inspirados nos meus percalços.
E a vida me dá o troco:
ora em aplausos, ora em socos.
(Livro da Tribo, 2005)
Valéria Tarelho
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