quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

Sonetos


C'as mões


Não sei escrever sonetos.

Não consigo medir o tamanho

dos desastres que escrevo,

nem as conseqüências das burradas que faço.

No máximo, rabisco uns poemas caolhos,

inspirados nos meus percalços.

E a vida me dá o troco:

ora em aplausos, ora em socos.

(Livro da Tribo, 2005)


Valéria Tarelho

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