Sexta-feira, setembro, primavera no ar. Seis e meia da tarde, Metrô paulistano, primeiro vagão.
Estação Liberdade. Entram seis jovens, três de cada sexo. Fazem uma rodinha e conversam. Estão animados, afinal é sexta-feira. O trem parte. Eles começam a cantar baixinho, cada um cantando um trecho da música, para mim ainda inaudível.
Outra estação, eles agora, além de cantar, dançam discretamente. Cada rapaz tenta encantar sua eleita e vice-versa. Alguns (algumas) apostam nas pessoas que estão dos dois lados, afinal é sexta-feira.
Eles vão se empolgando e o som da música começa a ser percebível por mim e outros que estão por perto: Cazuza!! Ou melhor, Exagerado!
Estação Paraíso. Um casal dos jovens desce e se despede dos outros cantando alto um trechinho da canção:
Exagerado
Jogado aos teus pés
Eu sou mesmo exagerado
Jogado aos teus pés
Eu sou mesmo exagerado
O trem deixa a estação. Os quatro estão animados. Cantam juntos "Exagerado", agora acompanhados por boa parte dos passageiros, de todas as idades, inclusive eu.
Um dos jovens, mais empolgado, ajoelha-se aos pés da sua deusa e canta o refrão. Ela sorri acanhada, mas também encantada. Olha ao redor, sem saber o que faz. Por fim, pede para o exagerado levantar-se. Estação Ana Rosa. O trem para e abre as portas. O casal se beija. Os passageiros aplaudem. A canção toma o vagão. Afinal é sexta-feira.
Vinte anos já se passaram desde a morte de Agenor de Miranda Araújo Neto, aos trinta e dois anos.
Mas o Cazuza está cada dia mais vivo e melhor!
José FRID
Exagerado
Amor da minha vida
Daqui até a eternidade
Nossos destinos
Foram traçados na maternidade
Paixão cruel desenfreada
Te trago mil rosas roubadas
Pra desculpar minhas mentiras
Minhas mancadas
Exagerado
Jogado aos teus pés
Eu sou mesmo exagerado
Adoro um amor inventado
Eu nunca mais vou respirar
Se você não me notar
Eu posso até morrer de fome
Se você não me amar
E por você eu largo tudo
Vou mendigar, roubar, matar
Até nas coisas mais banais
Prá mim é tudo ou nunca mais
Exagerado
Jogado aos teus pés
Eu sou mesmo exagerado
Adoro um amor inventado
E por você eu largo tudo
Carreira, dinheiro, canudo
Até nas coisas mais banais
Prá mim é tudo ou nunca mais
Exagerado
Jogado aos teus pés
Eu sou mesmo exagerado
Adoro um amor inventado
Jogado aos teus pés
Com mil rosas roubadas
Exagerado
Eu adoro um amor inventado
Composição: Cazuza / Ezequiel Neves / Leoni
Daqui até a eternidade
Nossos destinos
Foram traçados na maternidade
Paixão cruel desenfreada
Te trago mil rosas roubadas
Pra desculpar minhas mentiras
Minhas mancadas
Exagerado
Jogado aos teus pés
Eu sou mesmo exagerado
Adoro um amor inventado
Eu nunca mais vou respirar
Se você não me notar
Eu posso até morrer de fome
Se você não me amar
E por você eu largo tudo
Vou mendigar, roubar, matar
Até nas coisas mais banais
Prá mim é tudo ou nunca mais
Exagerado
Jogado aos teus pés
Eu sou mesmo exagerado
Adoro um amor inventado
E por você eu largo tudo
Carreira, dinheiro, canudo
Até nas coisas mais banais
Prá mim é tudo ou nunca mais
Exagerado
Jogado aos teus pés
Eu sou mesmo exagerado
Adoro um amor inventado
Jogado aos teus pés
Com mil rosas roubadas
Exagerado
Eu adoro um amor inventado
Cazuza
Composição: Cazuza / Ezequiel Neves / Leoni
4 comentários:
Frid,
Também gosto muuuiiitto de Cazuza. Das músicas, irreverência, da época que ele representa.... época maravilhosa de minha vida e creio que de grande parte de nossa geração. Adorei a msg. Obrigada por compartilhá-la comigo.
Bom final de semana , beijão.
L.
Eu adoro esta musíca.
S.
Olá, amigo!
As vezes temos que dar uma de Cazuza, e devemos jogar fora tudo aquilo que esta nos machuando ou atrapalhando a nossa alegria, viva os malucos em nome do amor.
Beijos
M.
Chutar o balde!!
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