Quando
com minhas mãos de labareda
te acendo e em rosa
embaixo
te espetalas
quando
com a minha acesa antorcha e cego
penetro a noite de tua flor que exala
penetro a noite de tua flor que exala
urina
e mel
que busco eu com toda essa assassina
fúria de macho?
que busco eu
em fogo
aqui embaixo?
senão colher com a repentina
mão do delírio
uma outra flor: a do sorriso
que no alto o teu rosto ilumina?
Ferreira Gullar in "Toda Poesia - 1950-1980" - Civilização Brasileira - 1980
3 comentários:
Quente mesmo!
Feliz 2011!
Bjs
D.
Bota quente nisso, bicho.
Abraços
O.
Oi, amigo!
Obrigada pela poesia, creio que hoje estou com os miolos moles, não bebi não, é que o autor é meio estranho as vezes, mas valeu.
M.
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