sexta-feira, 13 de maio de 2011

DESTINO DO POETA



Palavras ?  Sim.  De ar
e perdidas no ar.
Deixa que eu me perca entre palavras,
deixa que eu seja o ar entre esses lábios,
um sopro erramundo sem contornos,
breve aroma que no ar se desvanece.

Também a luz em si mesma se perde.
¿ Palabras ? Si, ded aire,
y en el aire perdidas.
Déjame que me perda entre palavras,
déjame ser el aire en unos lábios,
un soplo vagabundo sin contornos,
breve aroma que el aire desvanece.

También la luz em sí misma se perde.






Octavio Paz, tradução de Haroldo de Campos



DESTINO DEL POETA

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