sábado, 10 de setembro de 2011

AS LÁGRIMAS





Lágrimas, lágrimas tristes,
Não deixeis os olhos meus,
Que por vós eternamente,
Aos prazeres disse adeus.


Para ter indisputáveis
Direitos ao nosso amor,
Arranquei-vos da minh'alma,
Sois filhos, de minha dor.


Minha vida, agreste planta
De desertos areais,
Ao sol das paixões vivendo,
Expira se a não regais.


Para ter indisputáveis
Direitos ao nosso amor,
Arranquei-vos da minh'alma,
Sois filhos, de minha dor.


 
Laurindo  Rabelo (1826-1864), in Poesias completas

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