quarta-feira, 14 de setembro de 2011

A companhia da solidão



Porém, todos os dias, em casa, só encontrava a companhia da solidão: estirada no tapete, fumando um bira de cigarro do cinzeiro e olhando a televisão desligada. Ele conferia com os olhos passageiros todos os seus objetos e caía de costas no sofá, esperando que sua velha companheira se levantasse e viesse sentar sobre seu peito. Um peso imenso. Era assim que sentia as horas passarem.

Marco Túlio Costa in "Carta ao camaleão" em "Um prazer imenso – Contos eróticos masculinos".

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