quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Diário de um Paraense




E assim segue um dia na vida de um humilde paraense:


"Um dia eu tava buiado, pensei em ir lá em baixo comprar uns tamatás.

Tava numa murrinha, mas criei coragem, peguei o sacrabala e fui.

Chequei tarde, só tinha peixe dispré.

... O maninho que estava vendendo tinha uma teba de orelha do tamanho dum bonde.
O gala-seca espirrou em cima do tamatá do moço que tinha acabado de comprar, e no meu tembéim. 


Ficou tudo cheio de bustela... Axiiiiiii, porcaria! Não é potoca, não.
O dono do tamatá muquiou o orelha-de-nós-todos, mas malinou mesmo.
Saí dalí e fui comer uma unha. Escolhi uma porruda! Égua, quase levei o farelo depois. Me deu um piriri. Também...perece leso, comprar unha no veropa.
Comprei uns mexilhões, um cupu e um pirarucu, mto fiiiiiirme, mas um pouco pitiú.
Fui pra parada esperar o busão. Lá tinha duas pipira varejeira fazendo graça.
Eu pensando com meus botões...ÊEEEE, ela já quer...
Mas, veio um Paar-Ceasa sequinho e elas entraram...
Fiquei na roça, levei o farelo. O sacrabala veio cheio e ainda começou a cair um toró.
Égua-muleke-tédoidé, pense num bonde lotado.
Eu disse: éguaaaaaaaa, voimbora logo.
No sacrabala lotado, com o vidro fechado por causa da chuva, começa aquele calor muito palha.
Uma velha estava quase despombalecendo.
Daí o velho que tava com ela gritava arreda aí menino pra senhora sentar aí do teu lado.
O menino falou: Hmm, tá, cheiroso..."

Angela Lemanski via Facebook


Ps: Entendeu alguma coisa??? Não???? Eu também não!!  Vamos esperar a tradução para o português do Brasil!!


José FRID

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