Na porta os olhos parados
Não eram daquele corpo impuro
Que se ofertava ao vício.
O que ela dava aos que passavam
Era pouco.
Para os poetas
Sua nudez ornamentava-se de flores,
Seu olhos nada explicavam,
Permaneciam na infância.
Seu corpo envelhecia na porta.
Di Cavalcanti in "Reminiscências Líricas de um Perfeito Carioca", 1964, Editora Civilização Brasileira
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