Estica tuas perninhas enluvadas, esperança hirta.
Acendo um fósforo: esquenta-te. É suficiente para ti.
Depois contemplaremos nossos rostos
e pensaremos: como
Mudou.
Acreditávamos
um no outro. Vê, não se deve.
Estica tuas mãozinhas frias, esperança.
Fazer o quê, o fósforo se apaga.
Júlio Cortázar in Revista Piauí, setembro de 2008, tradução de Ari Roitman e Paulina Watch
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