sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

A noite





Há um homem na noite,
mas para a noite um homem
não é nada.



Na noite, um homem tem apenas
seus fantasmas, sua poesia,
sua pequena morte de madrugada,
seus olhos velados pelo céu sem luar.


Na imensidão escura, o homem se 
embriaga de mistérios, caminha em
desatino, errático, tanto lobo
quanto menino.


Há um homem na noite, 
mas há, também,
uma noite neste homem. 


Carlos Moraes

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