Há um homem na noite,
mas para a noite um homem
não é nada.
Na noite, um homem tem apenas
seus fantasmas, sua poesia,
sua pequena morte de madrugada,
seus olhos velados pelo céu sem luar.
Na imensidão escura, o homem se
embriaga de mistérios, caminha em
desatino, errático, tanto lobo
quanto menino.
Há um homem na noite,
mas há, também,
uma noite neste homem.
Carlos Moraes
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