Eu disse, à criatura sedenta dentro de mim,
que rio é esse que desejas atravessar?
Não há viajantes na estrada que leva ao rio, e não há estrada.
Vês alguém caminhando junto à margem, ou se abrigando ali?
que rio é esse que desejas atravessar?
Não há viajantes na estrada que leva ao rio, e não há estrada.
Vês alguém caminhando junto à margem, ou se abrigando ali?
Não há rio algum, nem barco, nem barqueiro.
Não há corda atada ao barco, nem alguém para puxá-la.
Não há chão, céu, tempo, banco de areia ou vau!
Não há corda atada ao barco, nem alguém para puxá-la.
Não há chão, céu, tempo, banco de areia ou vau!
E não há corpo, nem mente!
Acreditas que existe algum lugar capaz de aplacar
a sede da alma?
Nessa grande ausência, nada encontrarás.
Acreditas que existe algum lugar capaz de aplacar
a sede da alma?
Nessa grande ausência, nada encontrarás.
Sê forte, então, e penetra teu próprio corpo;
ali tens um lugar sólido para os teus pés.
Pensa nisso com cuidado!
Não te desvies noutra direção!
ali tens um lugar sólido para os teus pés.
Pensa nisso com cuidado!
Não te desvies noutra direção!
Kabir diz isto: apenas te desfaz de todo pensamento sobre
coisas imaginárias,
e te mantém firme sobre aquilo que és.
coisas imaginárias,
e te mantém firme sobre aquilo que és.
O poeta místico Kabir viveu na Índia de 1440 a 1518.
Tradução do inglês de Adriana Lisboa
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