sábado, 2 de junho de 2012

Abre-te, Sésamo!! (Sobre os banheiros públicos masculinos)



- Abre-te, Sésamo!

Nem foi necessário pronunciar as palavras mágicas de Ali Babá para abrir a porta do banheiro de um shopping paulistano. Fiquei agradavelmente surpreso por não precisar pôr as mãos no trinco ou na porta. Por que demoraram tanto para colocar portas automáticas nos banheiros públicos? Atenção edis: elas deveriam ser obrigatórias em todos os lugares públicos por questão de saúde!!

As mulheres até conseguem fazer o "número um" sem pôr a mão em seu corpo, mas para os homens não tem jeito: tem que pegar, colocar para fora, ajeitar, após  sacudir, com risco de respingos, e guardar, tudo no modo manual. Depois dessas operações, faz-se necessário lavar as mãos e secá-las.  Simples assim, mas muitos homens pulam as etapas finais. Estão com pressa, a água está fria, não tem papel, acham que o negócio deles está limpo, etc. e tal. Nojento, não? E não podemos esquecer que existe o "número dois". Argh!! Pense nisso quando for cumprimentar com aperto de mão. Sábios os orientais, que só curvam o corpo em saudação. Por motivo de higiene? Os antigos preveniam-se usando luvas.

Num banheiro público a situação se agrava. São centenas de homens colocando a mão naquilo e aquilo na mão. Como abrir torneiras que foram tocadas por outros homens com mãos sujas? Tudo bem, nossas mãos estão sujas também. Mas tocar nas torneiras sujas não seria o mesmo que segurar no negócio do outro por tabela? Homens e suas neuras! Superadas estas questões, mãos lavadas, como fechar as torneiras? Em alguns lugares, as torneiras são acionadas por aproximação das mãos; em outros, a torneira fecha sozinha. Como nem sempre tem essas facilidades, muitos resistem à higiene e saem do banheiro com as mãos usadas. E são essas mãos que abrem a porta do banheiro. E apertam as suas!

A cena final: você com as mãos lavadas e cheirosas em frente da porta tocada por infinitas mãos corrompidas. Quando são do tipo vai e vem, basta empurrar com o corpo. Se for um banheiro coletivo, pode-se esperar alguém abrir a porta para entrar e aproveitar a ocasião. Mas num banheiro pequeno, um usuário por vez? Ou você põe a mão no trinco ou não sai!! Porta automática neles!! Existem novidades que pioram a essa situação: os banheiros com as pias do lado de fora. Não dá para evitar não tocar por tabela em outro homem!

Eu sempre cumpro o ritual sanitário (talvez com a exceção citada mais abaixo) e o ensinei ao meu filho, que garantia sempre lavar as mãos. Numa viagem, tivemos que fazer uma conexão demorada em Atlanta. Conforme o tempo foi passando, cada um de nós ia ao banheiro, voltando a comentar sobre a novidade: água quente em todas as torneiras. Meu filho foi o último e perguntei-lhe se ele tinha notado a novidade no banheiro. Ele disse que não. Cobrei: não lavou as mãos!!

Os piores banheiros são os sanitários de bares, choperias, botecos, ou seja, comércio movido a álcool. O cidadão até consegue controlar-se no início, mas à medida que o teor alcoólico vai subindo, as idas ao banheiro se repetindo em espaços curtos, as noções de higiene vão desaparecendo, sumindo ... um dos piores banheiros que já freqüentei foi o de uma escola de samba do Rio de Janeiro. Não tinha porta, só paredes em ângulo vedando a visão. Os vasos e os mictórios não davam conta de tanta cerveja que o pessoal bebia. Conclusão: o povo que não podia esperar, fazia nas paredes, nas portas, chão,.... lavar as mãos??? Com o samba, as mulheres e mais cerveja esperando??

Voltando ao shopping, depois de passar pela porta automática, deparo-me com ambiente limpíssimo, todo branco, muitos espelhos, perfumado, mas insuficiente para o número de usuários (acontecia um evento). Todos os mictórios e os vasos sanitários estavam ocupados e uma pequena fila formara-se. Posicionei-me e aguardei. O pessoal estava enrolado fazendo suas coisas (1 e/ou 2) e os líquidos que ingeri estavam pedindo passagem. Pensei naquele banheiro da escola de samba, olhei em volta, mas faltou cerveja para ter coragem de regar as alvas paredes. Concentrei-me no deserto de Ali Babá, aquela secura... estava controlando a situação quando entram dois homens no banheiro discutindo sobre a CPMI do Cachoeira .... danou-se!!!


José FRID



6 comentários:

Anônimo disse...

Que nojo,o pior e que e assim mesmo!

Margarida

Anônimo disse...

Meu amigo!
De toda nojeira a última ultrapassou todos os limites, Cacho aqui, Cacho ali, meu caramada é Cacho para todos os lados e temos que ouvir umas lorotas que os pivetes de rua não engole mais. Velho ensinamento TODA PESSOA QUE MENTE É LADRA E BANDIDA.
Fim da estória vai acabar nas Águas do Mar Morto.
Boa semana cheia de pensamentos iluminados e paz.
Beijos no coração.

Marli

Anônimo disse...

Oilá, Frid! Desculpe-me, como estou de férias e não tenho micro ou similar p/acesso em casa, as vezes, se acumulam as leituras das msgs, mas ñ q deixe de lê-las. Achei bm interessante esta, concordando em nº, gênero(?) e grau ao q foi colocado.
Mas q chiq bm, banheiro em Atlanta...foi reviver o trajeto da maratona das Olimpíadas, né. Ñ lmbro-me q lá foi, mas ñ me lembro qdo. Há uma pá de anos. Lembro-me q soube q lá seguro mesmo só era o, digamos, "perímetro olímpico" q, além desse, corria-se sério risco de ser assaltado, no mínimo.
E eu q até o inglÊs enferrujou. Ok q se sabe q, uma vez q se tv, mínimo ctato q seja, lmbra-se de alguma coisa.
Bom, continue a mandar notícias.
Ah...acabei ganhando ingresso do Tim Maia e gostei bastante.

Bem...é isto.

Abçs...


Zelia.

Metamorfose Ambulante disse...

As maiores cidades americanas são muito perigosas, havendo verdadeiros "guetos" onde não se deve ir: Nova York, Washington, Detroit, Chicago, Los Angeles, New Orleans, Miami, Atlanta, etc. Esses guetos são negros e/ou latinos. Os negros foram empurrados para eles após a guerra da Secessão (Guerra Civil Americana), libertação dos escravos e segregação racial. No Sul do país isso foi muito forte - Washington e Atlanta são exemplos. A capital do país, por falar nisso, é a mais violenta dos Estados Unidos!!

Quando fui a Atlanta ative-me ao circuito turístico - inclusive o parque olímpico - e aos bairros "bons".

Fiquei contente que você tenha gostado do "Tim Maia"! Ele, ou melhor, eles (as duas mulheres principais cantam mais que o Thiago)merecem o sucesso!!!


Grande abraço!!

Anônimo disse...

É mesmo! Já tinha ouvido tb da violência em outras cidades, mas como "propaganda, para alguns, é a alma do negócio", só fala mil maravilha delas, embora, pelos filmes, eu já tenha percebido q, por ex., a praia de Miami nem é tão bonita assim, além de ter a areia suja ou escura, esquisita, em suma. Sabe se continua assim ou conseguiram dar a famosa maquiada?
A questão só é a seguinte: o Brasil não sai da condição de país em desenvolvimento por viver atirando no próprio pé. Não falo pra vx ficar vendendo o peixe de pessoas q são absolutas traíras, a qm vc ñ pode dar as costas, mas ficar boicotando e sempre trabalhando contra, é outra coisa.
Bem, indo ao q vim, qdo vc falou de passeios turísticos, pensei em olímpicos e por isso pergunto, se vc assistiu à série de programas dentro do "50 mais 1", apresentado pelo Álvaro Garnero, cujo tema foram as cidades olímpicas. Foi por acaso q o assisti, um dobre Salt Louis e outro da belíssima Montreal. Bem interessante. Apesar de ñ simpatizar mt c/o rapaz, ele até q apresenta legal.

É isto aí. Boa noite e bons sonhos.

Zélia

Metamorfose Ambulante disse...

Gosto do programa dele, mas não vi esse "circuito olímpico". Pena!

Bom fim de semana!!