Livro póstumo constituído por trechos selecionados do seu diário abrangendo o período de agosto de 1991 a fevereiro de 1993 (ele faleceu em 1994). Mostra ele já sentindo os problemas da velhice, mas ainda lúcido, produtivo (escrevia toda noite), interessado na vida e nas pessoas à sua volta, bom observador e procurando se manter íntegro, fiel aos seus princípios, diante da tentação da fama.
A contracapa indica, com certo exagero, que este livro seria "praticamente um testamento literário e filosófico do velho mestre", destacando que o texto é puro Bukowski: seco, cético, maldito e maravilhosamente bem escrito, com o que concordo.
Leitura muito interessante para quem conhece a obra de Bukowski, registrando que ele continuou o mesmo até o fim, com textos ácidos. E moderno, pois rendeu-se ao computador como um jovem antenado à tecnologia da época. Destaque para os trechos onde aborda a escrita, o ato de escrever, etc. São interessantes, também, as desventuras dele com o computador e seu gato, e o relacionamento com vizinhos.
As ilustrações de Robert Crumb são ótimas, valorizando o livro.
Transcrevi alguns trechos mais interessantes do livro para este Blog. Só clicar aqui para ler.
Boa leitura!
(Lido em junho/2007 e relido em junho/2013)
José FRID
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