quinta-feira, 20 de março de 2014

Conjunção rachativa


Grande de nome e pequeno de corpo, magricela, esperto, inteligente, José Antônio Wagner Castro Alves Araújo de Abreu, sobrinho-neto de Castro Alves, herdou o DNA, o talento e a vadiagem existencial do poeta. Não gostava de estudar. No esporte, era bom em tudo. Colega de Sebastião Nery, no primeiro ano do seminário menor, na BA, em 42, na aula de português, o padre Correia lhe perguntou o que era "mas".
- É uma conjunção.
- Certo, mas que conjunção ?
Zé Antônio olhou para um lado, para o outro e respondeu :
- Conjunção rachativa, professor.
- Não existe isso, Zé Antônio.
- Existe, professor. Quando a gente quer falar mal de alguém, sempre diz assim - Fulano até que é um bom sujeito, mas... E aí racha com ele.


Porandubas Políticas por Gaudêncio Torquato

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