terça-feira, 7 de outubro de 2014

Morreu meu vizinho

Morreu meu vizinho
morte morrida em plena rua.
Infarto fulminante, disseram.
De repente, vazio de vida
na avenida cheia de gente.

Meu vizinho morreu.
Deixava seu carro ao sol e chuva
agora na garagem escura
o veículo  jaz ao lado do meu

Bom dia, boa noite
vai chover, sol, frio, que calor
viu o último escândalo?
Tudo político ladrão,
quem vai ganhar a eleição?

Conta que alugou loja para pastor
que queria pagar por fora, caixa dois
como um bom político, ladrão.
Sarney, Maluf, Lula, Edir Macedo estão vivos
injustiça, ele não.

Conversava com todos, sobre tudo
seu púlpito era o prédio, a rua até a estação.
Vizinhos, porteiros, vendedores, seguranças, jornaleiros, lixeiros, frentistas...
para todos tinha prosa para mais de metro, quilo, litro, hora, muitas horas...
agora a rua está vazia, silenciosa, cadê o homem, meu deus?

Não sei o nome dele
nem ele sabia o meu.
José FRID

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