sexta-feira, 26 de dezembro de 2014

M a r i n h e i r a


em minha pele,
cristais de sal recendem
um mar revolto,
desaguado da ponta de tua língua.

por sobre ela, a pele, inteira,
gotas de marés,
saliva de peixe,
escamas incrustadas à moda incisiva de teus dentes.

sem encanto ou canto,
ser areia,
seara,
sereia...
nadar ou morrer na praia,
É tudo quanto resta.



Aila Magalhães via Jornal de Poesia

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