[...] o artista é alguém acometido por uma obrigação interna, alguém que tenta alcançar dentro de si, sob condições jamais repetíveis, uma ordem muitas vezes humanamente incompreensível e cosmicamente pensada. E a obra de arte, como a condensação mais misteriosa e impiedosa desse processo, muito longe de ser um remédio, está autorizada, segundo sua natureza, a afligir e causar dor na mesma medida em que, ocasionalmente acalma e fortalece.
Rainer Maria Rilke in Cartas do poeta sobre a vida, seleção de Ulrich Baer, Martins, 2007, pág. 215
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