sexta-feira, 29 de janeiro de 2016

Musa....

Lorna era realmente extravagante: bebia Guinness no cabeleireiro, pintava paisagens ao luar e saia cavalgando pela madrugada, abafando o som dos cascos dos cavalos com panos amarrados nas patas, para não acordar as pessoas no lugarejo. Seu cavalo preferido também ganhava cerveja preta. Ela apanhava vaga-lumes e os colocava em copos de vinho, tampados com folhas de parreira para fazer lanternas. Mergulhava nua em lagos, fazendo com que outros se juntassem a ela. Era uma musa que representava um desafio para qualquer tentativa de definição: amante do críquete, leitora voraz e figura de beleza etérea.


Geodie Greig In Café com Lucian Freud - Um retrato do artista, Record, pág.104


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