- Quero que escrevam na minha lápide: "Morreu feliz ao lado da mulher que amava".
- Mas você sequer estava casado quando morreu.
- Não importa.´E para despertar nas pessoas uma certa inveja, por mais absurdo que posso parecer. Quero fazer com que o homem que passar pelo meu túmulo tenha essa sensação de que eu consegui o impossível, o inatingível, algo que ele queria muito, mas se acha incapaz pela quantidade de estrias que vê na esposa todos os dias, sem saber que a felicidade conjugal é uma utopia em si. Meu objetivo é gerar o caos através dessa propaganda falsa.
Rodrigo Rosp in Fingidores [comédia em nove cenas], Não Editora, 2013, pág.171
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