[...]
Em casa, o marido já fez macarrão com molho de latinha'. A mulher como com algum gosto.Sorri.Ela vai até ele e o abraça. Sente gratidão. Por ele exisitr. Por abraçá-la e gostar dela. Segura seu rosto entre as mãos. Beija aqueles lábios, os olhos. E reconhece. Aos poucos. O rosto, o pescoço. Acaricia o peito, por dentro da camisa. Acaricia. Por dentro. Antes de acabar o macarrão. Emaranhados. Um no outro. Ele a carrega até a cama. Ela quer se dar para ele. Porque amor, dor e gratidão se misturam. Neste momento. Assim como os líquidos. De um e outro. Assim.
Assim.
Bom.
Eda Nagayama in Desgarrados, Cosac Naify, 2015, págs. 30/31
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