Aqueles olhos verdes e mansos produziam em mim, não sei por que obscura perversão, um desejo violento de praticar com a filha de Martiniano as mais desvairadas libertinagens. Sua voz mole tinha inflexões que também me punham o demônio no corpo e, enquanto ela dizia umas vagas coisas sem importância, eu me sentia capaz dos maiores horrores.
Rodrigo M. F. de Andrade in "Martiniano e a campesina" - Velórios, Cosac & Naify, pág.31
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