[...] A função da filosofia, da cultura especulativa, em relação ao espírito humano, é a de despertá-lo, instigá-loa uma vida de constante e ardente observação. A cada momento, alguma forma alcança a perfeição ao nosso tato ou visão; algum matiz nas montanhas ou no mar é mais primoroso que os demais; alguma espécie de paixão ou vislumbre ou estímulo intelectual nos é irresistivelmente real e atrativa - apenas naquele momento. O fim não é o fruto da experiência, mas a própria experiência. É-nos dado somente um número contado de palpitações de uma vida variegada, dramática. Como poderemos ver nelas tudo quanto existe para nelas ser visto pelos sentidos mais apurados?
Walter Pater transcrito por Edmund Wilson in O Castelo de Axel, Cia das Letras, pág.57
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