quinta-feira, 5 de dezembro de 2019

A morte....

Assim como ninguém nasce fora da história,
ninguém morre de morte natural. 
A morte nunca desiste, é ao mesmo tempo universal e não. 
Ela é distribuída em desproporção,
chega por meio de ataques de drones e armas
e mãos de maridos,
é transportado pelos minúsculos dorsos de micróbios criados em hospitais,
circulando nas tempestades erguidas pelo novo clima capitalista,
chega através de um murmúrio de radiação
instruindo a mutação de uma célula. 
Ela tanto se importa com quem somos
Como não se importa.
 Poesia alheia sobre fragmento de Anne Boyer  in The Undying 

"Just as no one is born outside of history, no one dies a natural death. Death never quits, is both universal and not. It is distributed in disproportion, arrives by drone strikes and guns and husbands' hands, is carried on the tiny backs of hospital-bred microbes, circulated in the storms raised by the new capitalist weather, arrives through a whisper of radiation instructing the mutation of a cell. It both cares who we are, and it doesn't."

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