Escrevia histórias desde pequena, mas não queria ser escritora. Eu queria ser atriz. Não percebi então que é o mesmo impulso. É faz de conta. É performance. A única diferença é que um escritor pode fazer tudo sozinho. Fiquei impressionado alguns anos atrás, quando uma amiga nossa - uma atriz - estava jantando aqui conosco e alguns outros escritores. De repente me ocorreu que ela era a única pessoa na sala que não conseguia planejar o que iria fazer. Ela teve que esperar que alguém a chamasse, o que é uma maneira estranha de viver.
Joan Didion in The Art of Fiction No. 71, The Paris Review, edição 74, outono/inverno de 1978
Nenhum comentário:
Postar um comentário