Do terceiro rascunho em diante, eu trabalho em vários comprimentos de frase (longa, curta) em cada parágrafo, e também em várias formas de frase (simples, composta, complexa, solta, periódica). Eu vejo cada frase como uma unidade de energia. A música e o significado de cada frase e parágrafo devem ser transportados para a próxima e contribuir para um design rítmico mais amplo.
Tento ter certeza de que cada parágrafo pode justificar sua presença na página. Ou seja, cada parágrafo deve conter pelo menos uma boa ideia. Ou faça alguma coisa para avançar a história. Ou enriquecer os detalhes do mundo em que a história se passa ou as caracterizações de seu povo. Eu me esforço para ser o mais artisticamente generoso possível. Eu trabalho para amplificar uma voz narrativa forte. Eu quero densidade intelectual e imagética. E eu quero alcançar, é claro, a sensação de fluxo orgânico da história. Eu reescrevo e edito até que a peça não tenha nenhum desperdício ou frases desnecessárias. Nada que diminua o ritmo da história. Qualquer frase que possa sair deve sair.
(...)
Nenhum detalhe de cartão postal irrelevante nas descrições do plano de fundo. Quero que cada detalhe seja "significativo", ou seja, revelador em termos de personagem, lugar ou evento.
(...)
Se eu tropeçar ao ler a peça, sei que aquelas frases que me fizeram tropeçar (que eram difíceis de dizer ou recitar) precisam ser reescritas.
Charles Johnson
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