[...] A verdade era que o Sr.Prodger mostrou-se muito fácil de entreter, sempre pronto a conversar. De acordo com a Mãe, geralmente os homens não gostavam de conversar. Eles não pareciam compreender que não importa muito o que se diga; o importante é não deixar a conversa esmorecer. Tão estranho! Mesmo os melhores homens ignoravam essa regra simples. Eles se recusavam a perceber que uma conversa é como um lindo bebezinho trazido para ser apreciado por todos. Você deve agitá-lo, niná-lo, passá-lo de mão em mão para que ele continue a sorrir. O que poderia ser mais simples? Mas até mesmo o Pai... A Mãe afastou-se das memórias que não eram tão agradáveis quanto deveriam ser.
Katherine Mansfield in A mosca e outras histórias, Lafonte, tradução de Otavio Albano, pág. 111.
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