Corrupção: o basta radical da China
Pensando neste mar de corrupção e denúncias que assolam o nosso Brasil, vou republicar aqui a matéria que eu fiz para o jornal O Globo na sexta passada, mas que pode servir de referência sobre os debates sobre como a questão da corrupção deve ser tratada em qualquer país. A matéria foi publicada na sexta-feira. Boa leitura.´
O governo da China afirmou que a decretação da pena de morte para Zheng Xiaoyu, 62 anos, presidente da Administração Estatal de Alimentos e Medicamentos entre 1998 e 2005 - acusado de receber US$ 850 mil de oito companhias para liberar a comercialização de remédios e alimentos sem a devida comprovação de segurança - é um aviso para todos os funcionários públicos do país (especialmente os mais graduados) que se envolverem em casos de corrupção.
Apontada por relatórios da Transparência Internacional como um dos países onde a corrupção se espalha em todos os níveis de governo, a China decidiu transformar a pena de morte - que, dependendo do juiz da Suprema Corte Popular, o STF chinês, pode ser transformada em prisão perpétua - numa das principais armas contra a corrupção.
"Como um caso de estudo de um membro do partido e funcionário graduado do governo violando a lei e cometendo um crime, a história de Zheng Xiaoyu oferece profundas lições que todos os funcionários públicos, especialmente os que ocupam cargos de liderança em todos os níveis, deveriam aprender com fervor", disse na semana passada um artigo na página de opinião do jornal "Diário do Povo", porta-voz do Partido Comunista da China (PCC).
O editorial tem autoria atribuída a um "comentarista de alta hierarquia", recurso usado pelo governo em mensagens transmitidas pelas suas principais lideranças. Na China, os casos de corrupção são de fato descobertos em todos os níveis de governo, mas muito mais freqüentes nos governos das províncias, longe do olhar fiscalizador de Pequim.
A última vez que o governo havia condenado à morte um funcionário graduado por corrupção, segundo levantamento da rede de TV CNN, foi em 2000, quando Hu Changqing, vice-governador da província de Jiangxi, e Cheng Keije, vice-presidente do Congresso Nacional do Povo (o Legislativo chinês), foram executados por aceitarem propinas em troca de benefícios para empresas.
"Qualquer conduta que prejudique os interesses da população, qualquer negligência ou indiferença, qualquer abandono de função não será tolerada e deve ser punida. Funcionários públicos também devem garantir que parentes e subordinados não se aproveitem da aproximação com o poder", diz o governo no editorial.
Cada dia mais atual!!!!! Como não adotaram a técnica no Brasil, a turma bandida só se multiplicou e se espalhou!!! Alguns estão até pagando impostos por "consultorias" secretas!!!
Atualização em 2015:
Muitíssimo atual!!!! A Petrobras saqueada pelo partido e seus apaniquados! Agora são bilhões e bilhões de dólares!!!
Socorro!!
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