Alívio: acordar cedo, numa manhã fria, e descobrir que é domingo.
Apático: casado há seis meses.
Banqueiro: homem que nos empresta um guarda-chuva quando o tempo está bom e o retira-o de nós quando chove (anônimo).
Calças: vestuário que cobre as partes inferiores do macho adulto civilizado. É uma peça tubular e desprovida de dobradiças nos pontos de flexão. Supõem-se que foi inventada por um humorista.
Campa: um lugar no qual os mortos descansam, à espera dos estudantes de medicina.
Cinismo: arte de dividir todas as ações humanas em duas classes:abertamente más e secretamente más.
Civilização: planta terrível que não vegeta nem floresce se não for regada com lágrimas e com sangue.
Crítica: atividade por meio da qual uma pessoa se torna, com pouca despesa, importante e formidável, desaprovando sempre o que não são capazes de fazer.
Eloqüência: magia da língua considerada como um dos mais perigosos encantamentos. pode existir mesmo sem um nível relativo de conhecimento.
Ingratidão: conseqüência fatal da prática do bem, com menosprezo de leis imutáveis.
Intimidade: uma relação entre dois tolos, providencialmente atraídos para a sua mútua destruição.
Inveja: emulação adaptada às capacidades mais mesquinhas. O invejoso emagrece com a gordura dos outros. (Horácio)
Liberal: pessoa que tem os pés firmemente plantados no ar
Litígio: uma máquina na qual se entra como um porco e se sai como uma salsicha.
Lógica: a arte de pensar e raciocinar em estrita conformidade com as limitações e incapacidades da incompreensão humana.
Nacionalismo: convicção de que a nossa nação é melhor do que as outras, pelo fato de termos nascido nela.
Ociosos: pessoas que não sabem perder tempo sozinhas e fazem-se o tormento das pessoas ocupadas. São como um relógio sem ponteiros: tão inúteis andando como que parados. Os homens ociosos são como uma casa sem paredes: os demônios podem entrar nela por todos os lados (Chaucer)
Oposição: na política, partido que impede o Governo de andar por aí aos pinotes, jarretando-o.
Otimismo: alegre disposição do espírito que permite a uma chaleira cantar mesmo metida na água fervente até ao nariz (Anônimo)
Orgulho: recusarmo-nos a pagar a conta do alfaiate porque ele nos tratou por Senhor - e não por Doutor.
Parentes: são um entediante punhado de pessoas que não têm o mais remoto conhecimento de como viver, nem o menor instinto sobre quando morrer.
Passatempo: um dispositivo para promover a depressão. Exercício suave para a debilidade intelectual.
Patife: uma espécie daninha que se encontra em grande abundância nos sítios onde há boas colheitas de tolos, de cuja planta se alimenta.
Reflexão: uma ação da mente, através da qual obtemos uma visão mais lúcida da nossa relação com as coisas passadas, ficando assim mais preparados para evitar os perigos que não voltaremos a encontrar.
Religião: uma filha da Esperança e do Medo, que explica à Ignorância a natureza do Desconhecido.
Responsabilidade: um fardo descartável e facilmente transferido para os ombros de Deus, do Destino, da Sina, da Sorte, ou do nosso vizinho. Nos tempos da astrologia, era comum descarregá-lo para cima de uma estrela.
Reputação: um grau de distinção entre a notoriedade e a fama - um pouco mais suportável que uma e um pouco mais intolerável que a outra. Às vezes, é concedida por uma mão pouco amiga e pouco sensata.
Riso: uma convulsão interior, que produz uma distorção da expressão facial e que é acompanhada por sons desarticulados. É contagioso e, embora intermitente, incurável.
Santo: um pecador morto, revisto e editado.
Tagarelas: homens discretos que falam, falam, e não dizem nada.
Tolice: aquela «graça e faculdade divinas» cuja energia criadora e dominante inspira a mente do Homem, guiando as suas ações e alegrando a sua vida.
Trabalho: um dos processos através dos quais A cria riqueza para B.
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