sexta-feira, 7 de março de 2008

Super-Homem em Curitiba!





Relendo a crônica da "Vingança do marreco", lembrei de um fato ocorrido no ano retrasado, também em Curitiba, que já prenunciava a minha chegada ao patamar do "tiozinho".


Domingo, 6:15. Café da manhã. O salão do hotel está cheio de corredores, quase todos já paramentados para a maratona. Estão em grupos, falam alto, recordam corridas anteriores, estimam o tempo para a corrida de hoje. Eu fico na minha, só urubuservando. Uma jovem se oferece para verificar como o tempo está lá fora.


Concluo meu desjejum, vou subir para trocar de roupa e pegar as coisas da corrida. A moça retorna e entra no elevador comigo. Pergunto como está o tempo lá fora. Ela veste short, tênis, camiseta e agasalho, está pronta para correr.


Ela disse que estava friozinho e garoava. Eu disse que assim estava bom para correr. Ela olhou para mim, examinou-me de cima abaixo e perguntou:


- O senhor vai correr ?!?!?!


Foi um choque. A entonação e esse "senhor" já somaram mais dez minutos no meu tempo de corrida!


Logo me recompus e, abrindo os botões superiores da camisa e mostrando a camiseta oficial da maratona:


-VVeja minha identidade secreta!


Ela sorriu amarelo, mas não deve ter entendido nada. De calças, sapatos, camisa e óculos, eu estava parecendo o Super-Homem dos anos sessenta, setenta, em preto e branco, aquele que "voava" parado, época em que certamente ela nem devia ter nascido!



José FRID

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