Passei a Páscoa (2008) no Rio de Janeiro, mais precisamente no bairro de Copacabana, famoso atualmente por ter uma farmácia a cada cinquenta metros da sua avenida principal, sem contar as das ruas transversais.
Minha mulher estava com dores e precisei comprar remédio por volta das 23:30 de sábado. Pensei que seria fácil. Entretanto, todas as milhares de farmácias fechadas, só uma aberta. Ou melhor, só uma farmácia funcionando, que aberta ela não estava.
A loja é de esquina com três amplas portas, quando está aberta. Naquele horário, todas as portas estavam hermeticamente fechadas e o atendimento se fazia por uma pequena janela blindada, um interfone e uma gaveta de aço.
Depois de enfrentar a fila - sim, há fila na calçada, segurança só para os funcionários da farmácia - o cliente pede pelo interfone os medicamentos desejados e/ou ou coloca a receita na gaveta de aço que o atendente eventuamente tenha aberto (parece aquela gaveta dos caixas-eletrônicos que liberam as cédulas, só que em tamaho grande).
Ele fecha a gaveta, perambula pela farmácia atrás dos medicamentos, passa no caixa, tira a nota fiscal, embala as compras, volta ao interfone, informa o valor.
O cliente, no meio da rua, tem que abrir sua carteira, tirar o dinheiro ou cartão, jogar na gaveta aberta, esperar o funcionário efetuar o pagamento e depois abrir a gaveta com o troco ou cartão e os medicamentos adquiridos.
E sai o cliente pela noite rezando para que o ladrão que não assaltou a farmácia não o assalte!
Conversei com cariocas, eles disseram que não era só no bairro, aquilo acontecia em toda a cidade. E agradeciam que ainda tinham essa forma de funcionamento.
Lembrei desse fato no sábado passado, quando voltava para casa por volta da meia noite (garoto comportado, não?), indo dos Jardins para a Vila Mariana: todas as farmácias abertas! Ou melhor: escancaradas!!!!
A gente é feliz e não sabia!
José FRID
Nenhum comentário:
Postar um comentário