por Tutty Vasques,
Tem muito marmanjo que até hoje vota perto da casa da mãe. Há casais divorciados fiéis à mesma seção desde a lua-de-mel, eleitor na terceira-idade que sempre volta à escola que o alfabetizou, enfim, uma multidão atravessará a cidade amanhã para escolher seu prefeito em segundo turno. Para essa turma, a democracia é, antes de tudo, um exercício de paciência no trânsito.
A preguiça de mudar de endereço no título de eleitor é motivo de sobra para fazer do ato de votar um compromisso inconsciente com o passado. O que, psicologicamente, poderia até ser saudável não fossem os engarrafamentos inevitáveis no túnel do tempo. Tirar o carro da garagem em dia de eleição é um hábito que tem transformado a festa da democracia em programa de índio nas grandes cidades brasileiras. Feliz aquele que amanhã cumprirá a pé o exercício de cidadania da vez, ainda que precise de disposição para uma bela caminhada. Pense nisso antes de sair de casa!
Texto publicado na edição deste sábado do caderno Metrópole do 'Estadão'
COMENTÁRIO DO FRID: Leia aqui
2 comentários:
Caro Frid,
sabe que, até hoje, intencionalmente, não mudei - ainda bem que não o fizeram,
qdo ocorreu o recadastramento eleitoral - de local de votação para encontrar,
mesmo q uma ou duas vezes ao ano, pessoas que, acabo só revendo nos anos
eleitorais. No meu caso, faço isto, porque morava em um local mais civilizado
do que habito hoje, na Zona Leste.
Para mim, não é incômodo nenhum a caminhada até a estação do metrô e mais de 40
minutos de viagem de metrô. É só de vez em qdo mesmo, e por um motivo diferente
- embora não esteja falando com o desgosto dos candidatos, pois daí entraria em
terreno bem arenoso.
Bem. então é isto.
Abs, bom fim de domingo.
Z.
Olá, Amigo!
Nunca tive preguiça de andar o que eu tenho é raiva em votar numa coisa e eles não fazem o que prometem, ha,ha,ha, lego engano meu, tu não achas, é para rir mesmo.
Boa semana.
M.
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