O bonde da filosofia, de Hamilton Trevisan, Global Editora, 1984
Livro dividido em três partes, com treze contos no total.
Os contos são desiguais, provavelmente por serem de fases diferentes do autor, como explica o Wladyr Nader na "orelha" do livro.
Gostei de poucos contos - Paribar, fim de tarde, Carona, O bonde da filosofia, Quintais, Os índios guaranis não chegaram ao paraíso -, pois, em geral, o autor escreve muito texto desnecessário para o desenlace do conto, quando há algum desfecho.A gente lê, lê e nada acontece.
Ele está mais preocupado em recriar o ambiente onde ocorre a magra ação, relembrar seu passado, personagens que conheceu, do que atender aos requisitos básicos do conto. Muitos contos seriam o começo de alguma novela ou romance.
O primeiro conto - Paribar, fim de tarde - é a minha cara, pequena narrativa de fatos que acontecem à nossa volta. O bonde da filosofia é engenhoso, mesclando os fatos vistos pelo personagem com a ação do livro que está lendo - Sartre.
José FRID
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