Eu não tinha este rosto de hoje,
assim calmo, assim triste, assim magro,
nem estes olhos tão vazios,
nem o lábio amargo.
Eu não tinha estas mãos sem força,
tão paradas e frias e mortas;
eu não tinha este coração
que nem se mostra.
Eu não dei por esta mudança,
tão simples, tão certa, tão fácil:
— Em que espelho ficou perdida
a minha face?
Cecília Meireles (via Rubens Jardim)
7 comentários:
É a vida!
Margarida
Belíssima!
òtima semana para você!
Fátima
Gostei desse...triste mais gostei
Fernanda
Muito boa!!
Henrique
Fiquemos atento em nossos dias Maravilhosos!
Lincoln
Caramba, você de novo com esse tom de tempo passado! Desse jeito vou ficar deprê. Ou não.
Talvez a constatação de que todos se sintam assim, me conforte.
Amanhã vou mandar flores pela primavera (um dia antes).
Good night
Beth
Depois que enviei esta poesia é que vi que ela se relacionava com a da outra semana! Mera coincidência? Uma vi em Porto Alegre no quarto do Quintana; a outra li num artigo sobre poetisas brasileiras meio esquecidas.
Acho que vou fazer uma crônica sobre essa coincidência e seus significados ocultos!!!
A primavera está chegando!!
FRID
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