quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Sobre nomes IV - Voltando à confusão dos nomes e aos leitores




Voltando aos nomes dos santos, um meu conhecido é o caçula de uma família numerosa, todos com nomes começando com "K", homens e mulheres. Todos menos ele: a gravidez era de risco, a mãe com medo de perdê-lo fez promessa para santo Antônio, prometendo batizar o filho na sua igreja e com seu santo nome.


O santo atendeu aos pedidos da devota senhora e nasceu um novo Antônio brasileiro. Entretanto, a família já tinha escolhido o nome da criança desde a confirmação da gravidez: Kelson. E assim ficou. Todos só o conhecem como Kelson, que consta do seu cartão de visitas. O "Antônio" é tão escondido como o do Jair e o meu "José": só aparece em documentos oficiais. E o santo nem pode reclamar: a promessa foi de batizá-lo como Antônio e não de chamá-lo assim!


Situação parecida ocorre com um amigo meu conhecido como "Dudu". Nossa amizade começou na escola das crianças, meus filhos estudavam com os dele. Todo mundo chamava-o de Dudu: a mulher, os filhos, os amigos, os empregados, os parentes, etc.


Um dia precisei ligar para seu escritório, onde ele era o chefe da equipe de corretores. Fiquei com vergonha de procurar pelo Dudu, poderia pegar mal no ambiente empresarial. Quando a secretária atendeu ao telefone, caprichei na voz e pedi para falar com o Dr. Eduardo.


- Quem?
- Dr. Eduardo.
- Não tem ninguém aqui com esse nome!
- Não? Aí não é a corretora tal?
- Sim, mas aqui não trabalha nenhum Eduardo.
- Pois ele é que me deu esse telefone. Ele é o chefe daí!
- O Dudu?
- Esse mesmo!
- Por que não falou logo? Vou passar a ligação.


Quando contei para ele, deu risada e confessou que seu nome verdadeiro era Carlos Alberto. Dudu era apelido de infância, uma longa história.


Tempos depois, precisei ligar para ele novamente, que já tinha mudado de emprego. Atendeu um colega de trabalho. Caprichei:


- Dr. Carlos Alberto por favor.
- Quem?
- Dr. Carlos Alberto.
- Não tem ninguém com esse nome.
- O Dudu?
- Dudu? Também não. O que faz a pessoa que o senhor procura?
- Que eu saiba é o chefe, o big boss!
- Ah, o ratão. Vou passar. Rato, pega a linha três, é para você!


Ele deu risada novamente ao saber da história. Rato, ratão, eram apelidos do mercado, pois alguém sacana achou que ele lembrava o Topo Gigio e assim ficou.


Cada um com seus "pobremas"!


E sobre o nosso Samarone uma leitora amiga informou:


"Quando li sobre os nomes de santos, fiquei também interessada no nome Samarone. Eu conheci nos tempos de faculdade um moçoilo (é assim que escreve?) com esse nome. Foi um namoradinho da minha irmã e se chamava "Zeca Samarone". Ele morava em uma casa em estilo colonial americano (belíssima) em frente ao Joquei Club de São Paulo."


Esse rapaz, provavelmente, deve pertencer à família Samarone, que era dona de uma cerâmica no Ipiranga, tão rica que construiu um "castelo" na região.


Nos fundos da fábrica tinha uma lagoa, surgida pela retirada de material para a cerãmica, denominada de lagoa Samarone, à beira da estrada de ferro Santos – Jundiaí.


Veja a foto do castelo e da lagoa aqui.


O Samarone maranhense não conhecia o jogador e pelo Google achou a lagoa, que pensava ser em Jundiaí.


Mas é mais razoável o pai maranhense homenagear um jogador famoso do que uma família italiana, desconhecida até para quem é de São Paulo.


Sobre o jogador Samarone um leitor amigo confirma:


"Eu lembrava do Samarone no nosso freguês Fluminense . Achei uma foto dele na Flapedia. O Galinho ainda era um "pinto". Obrigado e um grande abraço Rubro Negro!"

 
Talvez essas nossas lembranças equivocadas devem-se ao fato do ápice da carreira dele foi no Fluminense e contra o Flamengo!! A gente gravou a parte ruim. No Flamengo ele ficou pouco e pouco fez.


José FRID

2 comentários:

Anônimo disse...

EU ACREDITO EM MILAGRES



Em 25/11 a Família SILVA seria abençoada com a chegada de seu segundo herdeiro, pois a primeira a chegar foi minha irmã SILVIA CRISTINA DA SILVA, lindo nome por sinal.



Bem, voltando para a data 25/11, como é de costume todos os Pais ficam emocionados e juntando mais algumas Brahmas receita ideal para acontecer digamos assim uma Merda, com o perdão da palavra.



Sei que meu Genitor saiu para registrar meu nome no cartório, mas devido a receita citada acima ele não conseguiu lembrar-se da MERDA que iria fazer, pois o nome de quem vos escreve seria JOAQUIM RICARDO DA SILVA, se o futuro me reservasse um titulo de GINECOLOGISTA, o nome soaria bem, mas nascendo na periferia da PENHA, isto seria um fato raro.



Bem então meu querido Pai, lembrou-se de um de seus admirados, o cantor das vaias, do violão quebrado, do show interrompido, o ilustre SERGIO RICARDO.

Sendo assim o Juiz também não teve duvidas Lindo nome: SERGIO RICARDO DA SILVA.



Sinceramente, da minha parte, nada contra o nome de JOAQUIM, mas veja – lá JUCA, JUQUINHA, JU, QUIM, QUINZINHO,QUINZÃO ou até TIRADENTES, tenha santa paciência né.



Fui salvo pelo gongo, eu amo meu nome, salve meu Pai, salve a emoção.



Eu acredito em milagres.

Metamorfose Ambulante disse...

Quinzinho

Até que Joaquim não é tão feio assim!!!

FRID