sexta-feira, 14 de março de 2008

O FUTURO A DEUS PERTENCE?



Hoje, (14 de março de 2008), vi na televisão uma reportagem sobre a morte de um dos ícones da vela nacional, Jorge Zarif Neto, nove vezes campeão brasileiro da classe Finn e participou das olimpíadas de Seul e Los Angeles. Ele tinha 50 anos e morreu de infarto. Participara da seletiva da classe Finn para os Jogos Olímpicos de Pequim, mas não tinha conseguido a vaga.

O toque mórbido da reportagem: exibiram um vídeo dele comentando a sua desclassificação para Pequim. Ele estava à beira-mar, só de calção, bronzeado como todo velejador, e disse todo animado que não havia problema, pois era novo e dava para participar da Olimpíadas de Londres. A reportagem era de janeiro de 2008!!

Seria mesmo bom a gente saber do nosso futuro?

No caso do velejador, ele viveria dias de cão por saber que iria morrer em março. Lamentaria que tinha perdido a última chance de participar de olimpíadas. Não sabendo, viveu cada dia sem preocupação, não ficou muito chateado com a desclassificação, teria outros campeonatos para ganhar e até a Olimpíadas de Londres para participar.

Para quê saber o futuro?

Pelo movimento dos adivinhos do Viaduto do Chá (veja crônica aqui), muito gente quer saber o futuro. Mas quer mesmo ou só está querendo dar uma espiadinha em alguns aspectos do futuro, ou procurando uma "orientação espiritual"?

Como viver uma história e amor como a relatada na crônica "O amor existe! (em qualquer idade!)"(veja aqui) se sabemos a data da nossa morte?

Por outro lado, tem gente que inveja a morte por infarto fulminante. Os dois personagens principais do filme "Antes de Partir", com Jack Nicholson e Morgan Freeman, estão com câncer em estágio terminal e sofrem com o tratamento (quimioterapia, radioterapia, operação no cérebro para extração de tumores, etc). Numa das cenas, o Jack Nicholson diz para o Morgan Freeman: tenho certeza que neste momento tem um sortudo morrendo de infarto fulminante!

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